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Nossa História

Nossa História

A região onde atualmente é o município de Diogo de Vasconcelos foi descoberta por Bandeirantes vindos de Taubaté por volta de 1696, quando Salvador Furtado de Mendonça, Miguel Garcia da Cunha, o Capelão Padre Francisco Lopes Gonçalves e outros bandeirantes descobriram Ribeirão do Carmo, hoje cidade de Mariana.

A origem do município se deve as entradas e bandeiras ocorridas em direção à zona da Mata. O povoado nasceu a partir da necessidade de encontrar novas terras para o plantio de alimentos para os bandeirantes.

O povoado foi fundado pelo padre Domingos Pinto Coelho da Rocha, que era filho de um fazendeiro que possuía um engenho no local. Muito devoto a São Domingos de Gusmão, Padre Domingos buscou em Mariana uma imagem do santo e a colocou em uma pequena capela. Desse modo, o lugarejo foi denominado Arraial de São Domingos de Mariana. A capela que foi construída pelo Padre Domingos recebeu, em fevereiro de 1754, uma pia batismal com a imagem do santo.

Anos depois, o Arraial passou a se chamar apenas São Domingos e em 1881, foi elevado à condição de freguesia (o que representava um status maior), tornando-se assim a freguesia de São Domingos. No ano seguinte, o povoado já contava com uma paróquia e com a capela ao santo São Domingos de Gusmão, a qual iniciou a construção da primeira Igreja do município.

Em 1923, a freguesia foi novamente elevada e tornou-se vila, sendo chamada “Vila de Vasconcelos”. O atual nome, Diogo de Vasconcelos, foi dado em 1928 em homenagem ao historiador Diogo Luiz Pereira de Vasconcelos. No entanto, Diogo de Vasconcelos ainda fazia parte dos distritos pertencentes a Mariana.

A emancipação do distrito ocorreu apenas em 30 de Dezembro de 1962, onde passou a ser considerado um município.

Situada a aproximadamente 165 km de Belo Horizonte, Diogo de Vasconcelos é uma das cidades que compõem a Estrada Real, a qual é a maior rota turística do país, que surgiu em meados do século 17, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram oficializadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real.

Além da riqueza histórica, o município possui também diversos pontos turísticos e uma ampla manifestação cultural. Alguns dos principais pontos turísticos do município são a Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão, a Fazenda dos Caldeirões, a Praia Branca, a Cachoeira das Laranjeiras e a Barragem Hidrelétrica de Miguel Rodrigues.

A atual Igreja Matriz de São Domingos de Gusmão começou a ser construída em 1918, devido à iniciativa do padre Thiago Nathanael, no mesmo terreno da antiga igreja matriz, a qual se originou da pequena capela construída pelo padre Domingos Coelho da Rocha. A igreja é admirada pela arquitetura, que segue estilo renascentista, com alguns elementos barrocos, típicos do começo do século XX, quando o renascimento estava passando por uma onda de revisita e por isso se assemelha muito a igrejas que têm em Roma, além da ligação com a trajetória religiosa de Padre Arlindo Vieira.

Já a Fazenda dos Caldeirões, apesar de não se manter nos holofotes, chama atenção pela imponente arquitetura do século XVIII e, segundo a tradição, pelo fato de ter servido como refúgio ao inconfidente Cláudio Manoel da Costa, tornando-se assim, um lugar relevante ao processo de formação da história mineira.

O município ainda possui alguns pontos turísticos naturais, que chamam atenção pela beleza, como a Praia Branca, popularmente conhecida como prainha, devido a largura do rio e pela extensa faixa de areia branca que se encontra em sua margem, a cachoeira das Laranjeira, a qual se situa em um propriedade privada, próximo à Fazenda das Laranjeiras a cerca de 12km do centro do município e tem uma queda de aproximadamente 15 metros; e também a Barragem Hidrelétrica, situada na comunidade de Miguel Rodrigues, onde moradores e turistas vão para pescar, montar acampamento às suas margens e até mesmo praticar esportes aquáticos, apesar das restrições impostas pelos órgãos de segurança.

Quanto às atrações culturais, não podemos deixar de falar da festa de São Domingos de Gusmão e de Padre Arlindo Vieira, que atrai milhares de fiéis todos os anos. A festa, de caráter religioso, ocorre sempre ao primeiro domingo do mês de agosto e conta com missas durante todo o dia e procissão em homenagem ao santo padroeiro e ao padre. A festa traz também a chegada de inúmeras barraquinhas que se espalham pela cidade e comercializam de quase tudo. Além do caráter religioso e comercial, a festa de agosto, como é popularmente conhecida, é registrada como bem imaterial do município.

Por ser um município majoritariamente rural, na cidade há a forte cultura de se fazer cavalgadas em festas religiosas e produzir objetos artesanais e produtos naturais para comércio. Recentemente, a prefeitura municipal de Diogo de Vasconcelos montou a Feira da Agricultura Familiar, em uma de suas principais ruas, para ajudar na divulgação e comercialização de tais produtos. Apesar de interrompida atualmente pela pandemia do novo coronavírus, a feira tem sido um lugar de encontros, de lazer e de conhecimento, ajudando assim a compor a vasta manifestação cultural presente no local.

 

 

São Domingos de Gusmão

São Domingos de Gusmão nasceu numa pequena vila chamada Caleruega, na região da Velha Castela, onde hoje é a Espanha, no dia 24 de junho de 1170. Filho de Félix de Gusmão e Joana d’Aza, pertencia a uma família rica, nobre e muito católica. Segundo relatos, o nome Domingos foi escolhido por sua mãe durante a gravidez, em homenagem ao Santo São Domingos de Silos a quem ela era devota.

Assim, ao completar vinte e quatro anos, foi ordenado padre. Tempos depois foi trabalhar na diocese de Osma. No ano 1207, São Domingos fundou o primeiro mosteiro da Ordem Segunda, destinado às mulheres. A fama de santidade de São Domingos se espalhava pela Europa e ele começou a atrair pessoas. O movimento cresceu e São Domingos percebeu que era preciso fundar uma Ordem Religiosa. Ele apresentou então o projeto da Ordem dos Dominicanos ao papado, e ele foi definitivamente provado pelo Papa Honório III.

São Domingos de Gusmão faleceu quando tinha apenas cinquenta e um anos, em 8 de agosto de 1221.Ele foi enterrado no interior da catedral de Bolonha, onde é venerado no dia de seu falecimento, assim como o município faz com da festa do padroeiro em sua homenagem.

Quanto a sua influência no município, sabemos que ela se deu através da fé do padre Domingos Coelho da Rocha, que, muito devoto a São Domingos, trouxe uma imagem do santo de Mariana para exercer sua fé. A imagem foi colocada em uma pequena capela erguida pelo padre Domingos e a qual se destacava como grande construção no lugarejo. Sob a influência do sacerdote, São Domingos foi sendo conhecido pelos demais moradores da vila e foi se tornando cada vez mais importante.

A fé exercida em São Domingos de Gusmão, pelo padre responsável pela fundação da cidade serviu como grande influência religiosa, fazendo com que muito moradores também passassem a crer na santidade de São Domingos.

Não se sabe ao certo quando foi a primeira festa no município em homenagem a São Domingos de Gusmão nem quando ele foi declarado o santo padroeiro da cidade. O que podemos dizer é que São Domingos foi figura fundamental na história municipal, sendo responsável pela primeira denominação do lugarejo e pela maior atração religiosa e turística da cidade.

Padre Arlindo Vieira

Padre Arlindo Vieira nasceu em capão Bonito no Estado de São Paulo no dia 19 de julho de 1897. Filho do major Pedro Augusto Vieira e dona Francisca Vieira, padre Arlindo estudou no colégio de São Luiz de Itu, no seminário de Botucatu e em 24 de março de 1923 entra para o noviçado da companhia de Jesus em Nova Friburgo – Rio de janeiro. Ele terminou suas sua formação religiosa no ano de 1940, onde escolheu seguir a companhia de Jesus. Padre Arlindo, como a maioria dos jesuítas, gostava de fazer pregações e missões no interior do país, principalmente nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de janeiro.

Não se sabe ao certo qual foi a primeira vez que padre Arlindo esteve em São Domingos, como a cidade se chamava à época. O que é sabido a seu respeito é que padre Arlindo veio até o município a primeira vez para participar da festa do padroeiro São Domingos de Gusmão, a convite do senhor José de Carvalho Sampaio, com o intuito de fazer pregações, e após esse dia passou a participar todos os anos da festa. Já conhecido por suas pregações, padre Arlindo trouxe consigo o aumento do fluxo de pessoas durante a festa religiosa.

Ao longo de sua trajetória padre Arlindo foi conhecido por ser um padre milagroso, capaz de alcançar muitas Graças. Historicamente não há como provar tais feitos, no entanto, a fé exercida pelos fiéis em seus poderes se mantém ativa até hoje.

Padre Arlindo Vieira faleceu no dia 3 de agosto de 1963, celebrando uma missa durante a festa de São Domingos de Gusmão. Devido a sua relação com o município, a grande fé dos moradores locais e o pelo fato de ter falecido na igreja, seu corpo foi sepultado na igreja matriz de São Domingos de Gusmão onde permanece até hoje, atraindo inúmeros fiéis de todo o Brasil.

Após sua morte a então festa religiosa do município que era apenas de São Domingos de Gusmão passou a ser também de padre Arlindo Vieira, homenageando assim os dois religiosos.

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